quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Dinamarca no caminho da sustentabilidade

Dinamarca, pioneira no desenvolvimento de energia eólica, já produz 15% de sua energia através do vento. Somando a isso o uso do biogás e de hidrelétricas torna essa nação adaptada ao mundo contemporâneo, em que a energia limpa e renovável é cada vez mais necessária.

A crise do petróleo, juntamente com o aquecimento global, pressiona os países a pesquisar novas fontes energéticas, fontes limpas e, de preferência, de baixo custo. A energia eólica é a fonte de energia que vem apresentando maior crescimento no mundo, tendo registrado, nos últimos cinco anos, expansão média anual de 30%. Na Dinamarca, o investimento foi grande e o retorno deste foi satisfatório, atingindo uma capacidade instalada de 2500 MW.

Desde a década de 70, com a primeira grande crise do petróleo, a Dinamarca conseguiu prever que a energia provinda dos ventos poderia trazer independência energética, e seu investimento inicial foi em pequenas turbinas.

Hoje, o país é considerado o mais avançado do mundo em energia eólica, possuindo turbinas que podem, cada uma, abastecer 2,5 mil famílias. O desenvolvimento tecnológico faz com que o custo da energia gerada pelo vento seja 20% mais barato do que era há 20 anos. E a tendência é diminuir ainda mais, por isso a Dinamarca decidiu que até 2020 metade de toda a energia consumida do país vai ser produzida pelo vento, atualmente 15% é produzida.

Com a ajuda da previsão do tempo, os engenheiros podem saber a produção do dia e programar o sistema, sendo assim, quando venta pouco, eleva-se a geração das usinas hidrelétricas.

Uma outra fonte de energia limpa que a Dinamarca investe é o biogás, que através de biodigestores transformam matéria orgânica em energia elétrica, com ajuda de bactérias anaeróbicas. Um destes biodigestores foi feito por um grupo de agricultores que gerando gás através do esterco, desenvolveu uma pequena usina, que produz energia e aquecimento para uma vila inteira.

De acordo com um engenheiro local, que administra cinco pequenas usinas, o inicio do uso dessa energia foi problemático, pois não estava sendo utilizada a capacidade máxima de geração, mas depois foram implantadas outras fontes de lixo orgânico que resolveram a situação.

O governo entra com a garantia de um preço mínimo para compra do excedente. Assim, a Dinamarca caminha para ser o país com a energia mais verde do planeta.


In:http://www.odebate.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7083&Itemid=21

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